domingo, 9 de dezembro de 2007

Como os negros se tornavam escravos

A atual situação de exclusão, violência e miséria em que os negros do Brasil se encontram, advém de séculos, de mais de três séculos de escravidão. A história da escravidão negra no País começou com o processo de colonização portuguesa iniciada na segunda metade do século XV. O modelo econômico, baseado na monocultura e extrativismo, utilizava como única mão-de-obra o escravo. Capturados nas guerras tribais e negociados com os traficantes em troca de produtos como aguardente e fumo, o tráfico de escravos tornou-se um comércio altamente lucrativo. Os negros eram transportados tal quais animais nos porões infectos e desumanos dos navios negreiros, a embarcação era ao mesmo tempo morada, cama e latrina, e as atrocidades praticadas durante a longa viagem da costa da África davam a idéia exata do horror que seria o regime servil ao qual eles seriam submetidos durante 380 anos de escravidão brasileira.

Segundo o historiador Clóvis Moura, seguramente se pode afirmar que 40% do total de africanos retirados do continente negro durante a existência do tráfico, foram embarcados no Brasil. Quando o assunto é a entrada de escravos negros na Bahia, o escritor Viana Filho calcula um milhão e cem mil até a declaração da ilegalidade do tráfico. Trazido como imigrante forçado e, mais que isso, como escravo, o negro não apenas povoou nosso País, como lhe deu prosperidade econômica através de seu trabalho, como também trouxe suas culturas, que deram o ethos fundamental à cultura brasileira. Não há uma só área em que o negro não introduzisse seus modos peculiares de vida: religião, indumentária, culinária, música, língua, costumes, arte, política, etc. Por isso é que Clóvis Moura ressalta que “a história do negro no Brasil confunde-se e identifica-se com a formação da própria nação brasileira e acompanha a sua evolução histórica e social”.

Chamado de “peça”, bem como de “fôlego vivo”, o negro fora entregue à existência miserável nas senzalas, sua função era tão somente trabalhar, trabalhar até a morte. O negro sumia juntamente com os últimos sulcos de cana-de-açúcar que houvesse aberto, e rapidamente outro tomava seu lugar para seguir a mesma sina imposta por seus senhores. O negro escravo não tinha nenhum direito sobre ele, e pelas ordens do reino podia ser vendido, trocado, castigo, mutilado ou mesmo morto sem que ninguém ou nenhuma instituição pudesse intervir ao seu favor. Ele era uma propriedade privada como qualquer outro semovente, como o porco ou o cavalo. Os negros eram os pés, braços e mãos da economia durante o período do Brasil Colônia. No entanto, esse fato não contribui em nada para que eles conseguissem o mínimo de renda para usar em proveito próprio.


A Escravidão Africana

A substituição da mão-de-obra escrava indígena pela africana ocorreu, progressivamente, a partir de 1570. As principais formas de resistência indígena à escravidão foram as guerras, as fugas e a recusa ao trabalho, além da morte de uma parcela significativa deles. Segundo o historiador Boris Fausto, morreram em torno de 60 mil índios, entre os anos de 1562 e 1563. As causas eram doenças contraídas pelo contato com os brancos, especialmente os jesuítas: sarampo, varíola e gripe, para as quais não tinham defesa biológica. Outro fator bastante importante, se não o mais importante, na substituição de mão-de-obra indígena pela africana, era a necessidade de uma melhor organização da produção açucareira, que assumia um papel cada vez mais importante na economia colonial. Para conseguir dar conta dessa expansão e demanda externa, tornou-se necessária uma mão-de-obra cada vez mais especializada, como a dos africanos, que já lidavam com essa atividade nas propriedades dos portugueses, na Ilha da Madeira, litoral da África.

Imagem 1Nessa época, a Coroa começou a tomar medidas contra a escravização dos indígenas, restringindo as situações em que isso poderia ocorrer, como: em "guerras justas", isto é, conflitos considerados necessários à defesa dos colonos, que assim, poderiam aprisionar e escravizar os indígenas, ou ainda a título de punição pela prática da antropofagia. Podia-se escravizá-los, também, como forma de "resgate", isto é, comprando os indígenas aprisionados por tribos inimigas, que estavam prontas a devorá-los.

Ao longo desse processo os portugueses já tinham percebido a maior habilidade dos africanos, tanto no trato com a agricultura em geral, quanto em atividades especializadas, como o fabrico do açúcar e trabalhos com ferro e gado. Além disso havia o fato de que, enquanto os portugueses utilizaram a mão-de-obra indígena, puderam acumular os recursos necessários para comprar os africanos. Essa aquisição era considerada investimento bastante lucrativo, pois os escravos negros tinham um excelente rendimento no trabalho.


Fonte:http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/escr_africana.html#imagem3-26-amp.html

http://agenciadenoticiasupb2007.blogspot.com/2007/11/no-dia-da-conscincia-uma-reflexo-sobre.html



África: um continente, vários povos

O povo Bérbere

Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc.
Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio desértico.
Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.

Os bantos

Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.
Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente.
Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.
O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.

Os soninkés e o Império de Gana

Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.
Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio.
Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.

Fonte:http://www.suapesquisa.com/afric/

OS NEGROS AFRICANOS NO BRASIL

OS NEGROS AFRICANOS NO BRASIL

Quando os holandeses se estabeleceram em Recife, os negros encontrados nos engenhos de açúcar eram um número muito pequeno para as necessidades da cultura da cana de açúcar e mesmo com a capturas dos navios negreiros portugueses a carência de escravos ainda era muito grande. Em vista desta carência de negros na carência de negros da colônia foi com que os holandeses em 1637 passaram a comprar em Guiné e em 1641 de Angola, no ano de 1645 atingira a cifra de vinte e três mil cento sessenta e três negros adquiridos pela Companhia das Índias Ocidentais que maneiam o monopólio de comercialização.


Entre os africanos expostos a venda em leiloes os negros adquiridos em troca de armas em Gênova valiam de doze a setenta e cinco florins e em Angola de trinta a oitenta e cinco florins e quando eles eram sadios, robustos e conformados seus preços subiam consideravelmente e quando vendidos em Recife auferiam grandes lucros. Os negros de Angola do grupo Bantus eram os que recaiam maior preferencia entre os senhores de engenho porque se revelavam com muita disposição para o trabalho e podiam ser facilmente ensinados pêlos escravos mais antigos nas fazendas, eram muitos asseados e habilidosos ao contrario dos negros de Guiné que não agradavam aos fazendeiros por serem preguiçosos e difíceis de se acostumarem a obedecer ordens e ao trabalho, porém em mãos de quem o soubesse dirigir eram capazes de produzir mais do que os negros de Angola. No ano de 1642 foi verificada uma grande perda em conseqüência de um surto de varíola que atacou os negros de Itamaracá, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão que alguns lugares ceifou a vida de todos pessoal que trabalhava nas lavouras.

O transporte de escravos para o Brasil a bordo dos navios negreiros não oferecia a boas condições higiênica, pois devido a falta de água e de alimentos estragados; velhos, jovens, homens, mulheres e crianças pareciam miseravelmente na travessia, e algumas vezes quando navios corsários ou de caçadores de transporte de escravos abordavam o barco negreiro a carga de negros eram lançadas ao mar, quando não era possível alojados todos em seus navios. A espantosa cifra de casos fatais entre os negros escravos durante o transporte para o Brasil os quais eram alojados em angustioso aperto nas entre cobertas das embarcações forçou aos holandeses a providenciar um melhor tratamento e solicitaram aos agentes compradores da Companhia das Índias Ocidentais em Elmina e São Paulo de Luanda que organizassem o comércio de escravos nos mesmos moldes dos portugueses. O prospero comércio de Negros que a Companhia das Índias Ocidentais desfrutava, ficou estagnado quando André Vidal de Negreiro e João Fernandes Vieira desfraldaram a bandeira da rebelião em Pernambuco, ocasionando a fuga para a costa dos plantadores holandeses e portugueses fieis ao governo holandês que com eles levaram parte da escravaria de Pernambuco e de grande número de escravos fugitivos procuraram abrigos nos quilombos, outros capturados pêlos patriotas e alistados a força em seus bandos. E devido aos acontecimentos os navios negreiros quando chegavam em Recife não encontravam compradores para as suas cargas, por este motivo em Junho de 1646 Van Der Derwel escreveu uma carta aos diretores da companhia relatando que fosse suspensos os embarques de escravos para o Brasil.

Fonte:http://www.geocities.com/athens/pantheon/2111/negros.htm

sábado, 8 de dezembro de 2007

Afro-descendentes


Afro-descendentes

O termo afro-brasileiro designa tanto pessoas com ascendência africana quanto objetos e cultura oriundos da vinda de negros escravos africanos para o Brasil.

O Brasil tem a maior população de origem africana do mundo. Segundo o IBGE, os auto-declarados negros representam 6,3% e os pardos 43,2% da população brasileira, ou seja, oitenta milhões de brasileiros. A maior concentração de afro-brasileiros dá-se no estado da Bahia, onde 80% da população é de ascendência africana.História

O Brasil recebeu 37% de todos os escravos africanos que foram trazidos para as Américas, totalizando mais de três milhões de pessoas. O tráfico de negros da África começou por volta de 1550.
Capoeira.

Capoeira.
Filhas-de-santo do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá em uma cerimônia.

Filhas-de-santo do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá em uma cerimônia.

Durante o período colonial, a escravidão era a base da economia do Brasil, principalmente na exploração de minas de ouro e cana-de-açúcar. A escravidão foi abolida gradualmente no decorrer do século XIX, sobretudo por pressão da Inglaterra. Embora desde 1850 o tráfico de escravos fosse proibido no Brasil, através da lei Eusébio de Queirós, só em 1888 a escravidão foi definitivamente abolida, através da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel.

Origens
Bloco afro Ilê Aiyê na Bahia

Bloco afro Ilê Aiyê na Bahia

Os africanos mandados para o Brasil pertenciam principalmente a dois grandes grupos: os oeste-africanos (antigamente chamados de Sudaneses) e os Bantu. Os bantu, nativos de Angola, Congo e Moçambique foram mandados em larga escala para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e para a zona da mata do Nordeste. Os Sudaneses, nativos da Costa do Marfim e de influência muçulmana foram mandados em grande número para a Bahia. Outros grupos étnicos menores vindos da África são os, Yoruba, Fon, Ashanti, Ewe e outros grupos nativos de Gana, Benim e Nigéria. Em décadas recentes muitos negros africanos têm vindo ao Brasil , especialmente de países que falam português como Cabo Verde e São Tomé e Principe, devido às oportunidades comerciais oferecidas pelo país.

Demografia

Os negros e mulatos, durante séculos, formaram a maioria da população. O crescimento da entrada de escravos africanos a partir do século XVI, o extermínio dos indígenas e a relativa pouca imigração de colonos portugueses contribuíram para o surgimento de uma maioria de afro-descendentes no Brasil.

Mãe Stella de Oxóssi com traje típico do Candomblé. Mãe Stella de Oxóssi com traje típico do Candomblé.

Em 1872, os negros e mulatos eram seis milhões de pessoas no Brasil--cerca de 60% da população. Os brancos apenas 37%. Em 1890, os afros eram oito milhões (57% da população) e, os brancos, 43%. Com a entrada do século XX, os afro-brasileiros deixaram de representar a maioria da população. Em 1950 somavam dezenove milhões de pessoas (38% da população) e, os brancos, 62%. Os fatores que contribuíram para uma brusca diminuição no número de negros e mulatos foram diversos: a grande imigração européia no Brasil em fins do século XIX contribuiu para um grande crescimento no número de pessoas brancas. A mortalidade entre os afro-descendentes também era maior, tendo em vista que a maior parte não tinha acesso ao saneamento básico. Além do mais, a miscigenação entre brancos e mestiços cresceu, gerando um grande número pessoas fenotipamente brancas.

Atualmente os afro-descendentes são cerca de oitenta milhões (44,7% da população brasileira), se considerar-se todos os pardos como afro-descendentes.

Distribuição geográfica

Salvador é a cidade com o maior número de afro-descendentes no Brasil.

Salvador é a cidade com o maior número de afro-descendentes no Brasil.

Desde os tempos coloniais houve uma divisão irregular da população afro-descendente no Brasil: lugares como o Nordeste tinham uma grande população africana, enquanto lugares como o Sul tinham populações menores. Atualmente, essas diferenças regionais continuam evidentes, porém, pode-se encontrar populações negras em todas as regiões brasileiras.

Os estados do Norte e Nordeste abrigam a maior concentração de pessoas que se declaram pardas. Todavia, é evidente que, no caso do Norte, a maior parte dessas pessoas são de origem indígena e, no caso do Nordeste, predominam os afro-descendentes. Os estados com maior população afro-descendente são a Bahia, com 13% de pretos e 60,1% de pardos, o Maranhão com 9,6% de pretos e 62,3% de pardos e Alagoas com 5% de pretos e 59,5% de pardos.

Depois do Nordeste, a Região Sudeste tem o maior número de afro-descendentes, seguida pelo Centro-Oeste. A Região Sul tem os menores índices de afro-descendentes, sendo o estado de Santa Catarina com a menor porcentagem, apenas 8,5% de pessoas que se declararam negra/parda.


Miscigenação

Uma família brasileira do século XIX

Uma família brasileira do século XIX

Durante os séculos XVII e XVIII, os negros eram a maioria da população brasileira - em 1800, os negros eram 47% da população, contra 30% de mulatos e 23% de brancos. Essa situação se inverteu no século XIX — em 1880, os negros estavam reduzidos a 20% da população, contra 42% de mulatos e 38% de brancos. Um dos fatores mais importantes para a diminuição da população negra no Brasil foi a miscigenação.A miscigenação entre brancos e negros no Brasil ocorreu desde o início do tráfico negreiro. A reduzida população de mulheres brancas acabou por acarretar em um grande número de relacionamentos entre portugueses e africanas. Esse fenômeno não foi exclusivo da América Portuguesa, tendo ocorrido em toda a América Latina e América do Norte. A partir do século XIX, também tornaram-se mais comuns relacionamentos entre mulheres brancas e homens negros.

Alguns mulatos eram alforriados e, em grupos mais restritos, educados, todavia, a maior parte continuava a ser escravo. Também houve a miscigenação entre os africanos e os indígenas brasileiros, dois quais descendentes são denominados cafuzos.

Pesquisas genéticas em afro-brasileiros

Filhas-de-santo do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá na Bahia.

Filhas-de-santo do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá na Bahia.

Uma recente pesquisa genética, encomendada pela BBC Brasil, analisou a ancestralidade de afro-brasileiros. A pesquisa contou com a participação de 120 brasileiros auto-declarados negros de São Paulo.

Para tal, foram analisados o cromossomo Y, herdado do pai, e o DNA mitocondrial, herdado da mãe. Ambos são passados de geração em geração e, por não se misturarem com outros materiais genéticos, permanecem intactos, salvo raras exceções de mutação. Analisando-os, pode-se encontrar a informação de que parte do mundo um ancestral relativamente próximo de uma pessoa veio.

Concluiu-se que, do lado paterno, metade (50%) dos negros brasileiros analisados têm um antepassado que veio da Europa, 48% que veio da África e 1,6% que era indígena. Do lado materno, 85% têm uma antepassada africana, 12,5% índia e apenas 2,5% européia.

A explicação para uma maior ancestralidade européia no lado paterno de negros brasileiros e uma maior ancestralidade africana do lado materno se deve ao fato de que, por muito tempo na História do Brasil, havia mais homens brancos que mulheres brancas. Por esse fator, as relações inter-raciais entre homens europeus e mulheres africanas ou indígenas eram bastante comum.

Pesquisa genética em negros brasileiros famosos

Exemplo da miscigenação brasileira: geneticamente, Daiane dos Santos é mais européia que africana.

Exemplo da brasileira: miscigenaçãogeneticamente, Daiane dos Santos é mais européia que africana.

A pesquisa genética, efetuada à pedido da BBC, também analisou a ancestralidade de afro-brasileiros famosos. Novamente, surpreendeu, ao mostrar que pessoas auto-classificadas e consideradas negras perante à sociedade, apresentam alto grau de ancestralidade européia.

A ginasta Daiane dos Santos descobriu que é mais européia que africana: a atleta gaúcha tem 39,7% de ancestralidade africana, 40,8% européia e 19,6% ameríndia.O sambista Neguinho da Beija-Flor, cuja aparência é bastante africana é, majoritariamente, de origem européia: 67% de seus genes vieram da Europa e apenas 32% vieram da África.A atriz Ildi Silva, que se considera negra ou mulata é, predominantemente, branca: 71,3% de genes europeus, 9,3% indígenas e apenas 19,5% africanos. Os olhos verdes da atriz foram herdados de antepassados holandeses.A mais africana do grupo de celebridades analisadas foi a cantora Sandra de Sá, cuja ascendência é 96,7% negra. O mais africano foi Milton Nascimento, com 99,3% de genes subsaarianos.

Quantos brasileiros são descendentes de africanos?

A partir de estudos genéticos, 45% ou 77 milhões de brasileiros possuem 90% ou mais de genes africanos subsaarianos. Mais de 75% dos brancos do Norte, Nordeste ou Sudeste apresentam ancestralidade africana superior a 10%. Mesmo no Sul, com seu marcante histórico de imigração européia, este valor é na ordem de 49%. Em comparação, nos Estados Unidos apenas 11% dos brancos apresentam mais de 10% de genes africanos.

Cultura Africana
história africana - máscara
Máscara de madeira: exemplo de cultura africana

A África caracteriza-se pela diversidade cultural. A História desse continente é rica e esta intimamente ligada à História do Brasil. Os africanos, trazidos para nosso país como escravos, entre os séculos XVI e XIX, enriqueceram a cultura brasileira com seus costumes, rituais religiosos, culinária, danças e muito mais. Somente no século XIX, com o movimento abolicionista, os negros ganharam a liberdade com a assinatura da Lei Áurea (1888).
Mas temos muito para conhecer da cultura e de líderes negros como Zumbi, que lutou por um ideal digno de uma vida melhor para seu povo.

Importante também é resgatar a história e a cultura dos povos que habitaram o continente africano. A vida em sociedade, os rituais religiosos, as máscaras, organização social e a rica mitologia africana.

Religião

Iemanjá.

Iemanjá.

Embora a maioria dos escravos trazidos da África tenha sido convertida ao Catolicismo, algumas religiões de origem africana conseguiram sobreviver, seja através de prática secreta como é o caso do Candomblé, do Batuque e outros, ou através do sincretismo religioso (Umbanda, por exemplo). A prática do sincretismo foi conveniente, particularmente pelo fa(c)to de que os escravos ganharam o direito a reunir-se em irmandades.

Além da participação nas irmandades, o sincretismo manifestou-se igualmente pela tradição de batizar os filhos e casar-se na Igreja Católica.

Segundo o IBGE, 0,3% dos brasileiros declaram seguir religiões de origem africana, embora um número maior de pessoas sigam essas religiões de forma reservada.


Lista de religiões afro-brasileiras

  • Batuque
  • Macumba
  • Quimbanda
  • Xambá
  • Culto aos Egungun
  • Culto de Ifá
  • Irmandade
  • Confraria
  • Sincretismo
  • Xangô do Nordeste
  • Tambor-de-Mina
  • Umbanda

Cozinha

Feijoada brasileira

Feijoada brasileira

A cozinha brasileira deriva em grande parte da cozinha africana, mesclada com elementos da cozinha indígena e portuguesa. Na Bahia, principalmente, pratos como vatapá e moqueca são típicos da culinária afro-brasileira.

A feijoada é o prato nacional do Brasil. É basicamente a mistura de feijões pretos, carne de porco e farofa. Começou como um prato português que os escravos negros modificaram


Capoeira



Um passo de Capoeira.
Capoeira.

Capoeira.

Capoeira é uma arte marcial desenvolvida inicialmente por escravos negros no Brasil, a partir do período colonial. A capoeira é marcada por movimentos que enganam o oponente, geralmente feitos no solo ou completamente invertidos. Ela também tem um forte componente acrobático em algumas versões e é sempre praticada com música.

Recentemente, a capoeira tem sido bastante popularizada, sendo até o principal tema de vários jogos de computador e filmes, e é freqüentemente mencionada na música popular brasileira.



Música

Olodum na Bahia.

Olodum na Bahia.

A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura da música portuguesa, indígena e africana, produzindo uma grande variedade de estilos.

A música brasileira foi fortemente influenciada pelos ritmos africanos, como é o caso do samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada e o maxixe. Embora se tenha mantido por muitos anos na marginalidade, a música afro-brasileira ganhou notoriedade em meados do século XX, até se tornar o estilo musical mais difundido no Brasil.



Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Afro-brasileiro
http://www.tg3.com.br/africa/historia_africana.htm